São grupos de Norte a Sul do país, que virão de 9 estados brasileiros para a Capital Nacional do Folclore, no maior encontro do folclore brasileiro, que completa 60 anos de história e preservação da cultura popular.
Assim, a Comissão Organizadora destaca os grupos que estarão pela primeira vez no FEFOL:
Grupo de Suça “Tia Benvinda” – Natividade/Tocantins
Além do grupo, o estado também estará representado pela primeira vez na festa. Foi criado, em 2017, para preservar uma das mais antigas riquezas culturais tocantinenses, a suça, considerada um legado dos descendentes africanos que se estabeleceram nas regiões do norte da província de Goiás, atualmente conhecida como Tocantins, na época em que a atividade mineradora do ouro era explorada. Esta expressão cultural é marcada pela alegria e envolve danças, cantorias, viola, tambores tradicionais e outros instrumentos de percussão. Hoje, o grupo reúne cerca de 50 jovens, sob a coordenação da professora Verônica Tavares e com apoio de mestres populares, associações e órgãos de interesse cultural. O nome Tia Benvinda é uma homenagem a uma negra da comunidade, que gostava e dançava muito bem a suça e que participou do início do processo dos ensinamentos às novas gerações, na década de 1990.
Grupo de Tradições Marajoara ‘Cruzeirinho’ – Soure, Ilha do Marajó/Pará
Nasceu em 22 de agosto de 1987 a partir das rodas de carimbó e das batidas compassadas dos grandes mestres locais. O grupo, há mais de 30 anos leva arte, cultura, educação e preservação de um patrimônio imaterial, representado pelas danças folclóricas do Marajó, como o Carimbó, o Lundu Marajoara, a Chula, as Toadas de Boi Bumbá e a Mazurca. Coordenado por Amélia Barbosa, o Cruzeirinho tem o objetivo de resgatar, preservar, divulgar e salvaguardar o saber popular do passado das gerações amazônicas, em especial a do Marajó, preservando suas danças e lendas. O grupo se apresenta como uma amostra da maneira de viver e de sentir do povo marajoara, traduzindo-se em inúmeros personagens. O colorido dos trajes, a intensidade e harmonia dos ritmos e instrumentos representam a serenidade do homem do campo, a sabedoria e paciência do pescador ribeirinho, a alegria de viver e a sensualidade dos casais que evoluem com graça.
Bumba Meu Boi Cão de Raça – Maceió/Alagoas
Criado em 1998, na comunidade do Bairro do Jacintinho, o grupo nasceu com a intenção inicial de proporcionar diversão para a comunidade durante o Carnaval, mas, com o passar do tempo, decidiram estender o projeto para o ano inteiro, preservando a tradição do bumba meu boi, que é uma expressão cultural que reflete a identidade e a história do povo alagoano, e também fortalecendo seu papel social junto aos jovens. Com muita cor, ritmo e alegria, o estreante promete encantar e contagiar o público do FEFOL.
Maracatu Vozes da África – Fortaleza/Ceará
Fundado em 20 de novembro de 1980, o Vozes da África nasceu da iniciativa de um grupo de intelectuais, escritores, poetas, folcloristas e carnavalescos liderados pelo jornalista Paulo Tadeu Sampaio de Oliveira, sendo sua primeira apresentação pública no desfile oficial do carnaval de rua de Fortaleza, em 1981, quando conquistou o título de campeão, o primeiro de muitos de sua trajetória.
Grupo de Cultura Os Cariris – Taperoá/Paraíba
Fundado em 1988, o grupo tem por objetivo resgatar, preservar e divulgar a cultura da região, tendo a chancela de Ponto de Cultura, desde 2005, por ser referência no estado. Ao longo dos seus 36 anos, tem participado de diversos festivais nacionais e até internacionais, representando o Brasil, além de desenvolver um grande trabalho social com crianças e adolescentes. Os Cariris trazem em seu espetáculo a dança folclórica, conservando a originalidade do passo, da música, do vestir e da poesia, com peculiaridades que constitui uma língua universal, mostrando o cotidiano nordestino, como as glórias do passado, o problema crucial da seca e seus impactos apresentados de uma forma mais feliz, em verso, música e dança.
Centro de Tradições Gaúchas Heróis Farroupilha – Caxias do Sul/Rio Grande do Sul
Com 35 anos de história, o CTG participará do FEFOL com seu grupo juvenil, de 13 a 18 anos, que participa ativamente dos principais eventos tradicionalistas do estado, com coreografias e danças típicas, demostrando o compromisso em preservar e difundir a cultura tradicionalista gaúcha, além de demonstrar a atmosfera de união que contribui para fortalecer os laços comunitários e preservar a herança cultural gaúcha, um legado deixado de geração para geração, num claro comprometimento de manter vivas as tradições gaúchas e os valores do Rio Grande do Sul.
Grupo Ratoeira da Magia – de Florianópolis – Santa Catarina
Criado há mais de 30 anos, no bairro de Santo Antônio de Lisboa, seus componentes são pessoas voltadas à cultura que tem o interesse de reavivar a tradição trazida pelos colonizadores portugueses de Açores, quando povoaram o litoral catarinense. A dança típica do grupo é formada por casais que dançam música valsada e entram na roda, em forma de ciranda, para cantar para seu par usando repentes que declaram paixões e até mesmo declarações sarcásticas ou irônicas entre rivais presentes na dança, em uma apresentação alegre e envolvente, preservando as tradições açorianas que resistem na Ilha de Santa Catarina.
Grupo Sociocultural Cara da Rua – Miracema/Rio de Janeiro
O grupo preserva e divulga as raízes do Mineiro Pau e do Boi Pintadinho, fortes expressões da cultura popular do Noroeste Fluminense a partir da segunda metade do século XIX, quando teve início a colonização mineira deste território. O folguedo nasceu com os escravos, nos terreiros das centenárias fazendas de café da região e, hoje, é um patrimônio imaterial e uma rica tradição folclórica preservados na cidade. Com seus batuques e bailados, os grupos dançam alegremente acompanhando o boi, que simula marradas nos brincantes e assistentes, integrados por personagens como a mulinha, boneca sapeca, seres fantásticos, na dança das baianas e do mineiro pau, que executam coreografia específica com seus “porretes”.
Caiapós – Piracaia/São Paulo
Os Caiapós, de Piracaia trazem o ritual dos índios Caiapós, com referência no folclore de sua cidade de origem, desde a década de 1910, constituindo-se até hoje. A encenação do ritual se dá em torno da doença e morte do curumim. Os caiapós chegam alegres e festivos, mas após a doença e morte de macuru, entristecem, deitam-se no chão e lamentam o ocorrido. Em seguida, o Pajé faz um ritual mágico, com muitos gestos, palavras e pólvora, que depois de acesa traz à vida o pequeno macuru. Então, todos se levantam e comemoram dançando o resultado positivo da pajelança. O Caiapó de Piracaia conta com homens e mulheres, com instrumentos variados, além de lanças, arcos e flechas
Companhia de Reis Família de Belém – Castilho/São Paulo
A folia de reis chega ao FEFOL para somar às cias olimpienses, nessa manifestação folclórica autêntica e tradicional da região.
Desta forma, os 10 grupos inéditos somados aos demais participantes, representarão 17 estados brasileiros, de todas as cinco regiões do país, fortalecendo a diversidade cultural, a preservação da cultura popular e o compromisso de Olímpia, enquanto Capital Nacional do Folclore.
O Festival do Folclore de Olímpia é uma realização da Prefeitura, por meio da secretaria de Turismo e Cultura, com apoio de projetos de incentivo cultural e parceiros. Com 9 dias de programação variada, a festa é aberta a toda população e visitantes com entrada gratuita. De 03 a 11 de agosto de 2024, Olímpia é o solo sagrado do folclore brasileiro.
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