Nas últimas semanas, foram apresentados os participantes da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão e Sergipe. E agora, chegou a vez de anunciar os estados de Alagoas e Pernambuco, de onde virão 4 grupos, sendo um deles inédito no FEFOL.
Começando então pela novidade, Olímpia receberá pela primeira vez o Bumba Meu Boi Cão de Raça, da capital alagoana, Maceió. Criado em 1998, na comunidade do Bairro do Jacintinho, o grupo nasceu com a intenção inicial de proporcionar diversão para a comunidade durante o Carnaval, mas, com o passar do tempo, decidiram estender o projeto para o ano inteiro, preservando a tradição do bumba meu boi, que é uma expressão cultural que reflete a identidade e a história do povo alagoano, e também fortalecendo seu papel social junto aos jovens. Com muita cor, ritmo e alegria, o estreante promete encantar e contagiar o público do FEFOL.
Também de Maceió – AL, marcará presença novamente o Grupo Cultural Reis do Cangaço. Com mais de 15 anos, levando alegria e transmitindo a força e a história dos antepassados, o grupo visa manter vivo um dos segmentos mais tradicionais e autênticos da cultura popular alagoana: o coco de roda. Tradição que vem de origem negra, uma mistura de canto, música e dança. Arte que vem do Quilombos dos Palmares, quando os escravos amaciavam o barro e construíam suas casas de pau-a-pique, taipa e massapê. O grupo Reis do Cangaço é pentacampeão do Concurso Alagoano de Coco de Roda.
Por fim, o Grupo Parafolclórico Flor da Serra, de Chã Preta – AL, fecha a participação alagoana na edição de 60 anos do FEFOL. Remanescente do Núcleo Folclórico Beatriz Vasconcelos, do saudoso Mestre Pedro Teixeira, o grupo tem dezembro de 2000, como data de sua reestruturação, tendo à frente a professora Maria das Graças de Vasconcelos. O grupo é formado por jovens da cidade de Chã Preta, mantendo a força dos folguedos e danças populares alagoanas. Somado a isso, pesquisas em âmbito nacional são constantes, se traduzindo em espetáculos, materializados em cores e ritmos, aumentando o repertório do grupo. Como Grupo Parafolclórico Flor da Serra será sua 8ª participação em Olímpia.
Já de Pernambuco, o querido Balé Popular Papanguarte, de Bezerros – PE, que marcou presença em diversos anos do festival, também participará da edição especial do FEFOL. Fundado em janeiro de 1997, pelo artista e educador Carlos Marques, o grupo é formado por estudantes e professores das redes municipal, estadual e particular do município, com o propósito de resgatar e valorizar as danças e folguedos populares da terra do papangu (Bezerros), bem como do estado pernambucano. O nome “papanguarte” vem da união das duas palavras: papangu (mascarados que saem pela cidade no período carnavalesco) e arte. Na época de Carnaval, os mascarados saboreiam a deliciosa comida típica do nordeste: o angu, surgindo assim, a figura folclórica papangu. Dessa forma, papa + angu + arte = Papanguarte. Uma das características da agremiação é que seus bailarinos dançam mascarados como forma de resgatar, preservar e valorizar a cultura do papangu – símbolo máximo do carnaval de Bezerros.
Nas próximas semanas, serão apresentados os grupos das Regiões Sul e Sudeste. O Festival do Folclore de Olímpia é uma realização da Prefeitura, por meio da secretaria de Turismo e Cultura, com apoio de projetos de incentivo cultural e parceiros. Com 9 dias de programação variada, a festa é aberta a toda população e visitantes com entrada gratuita. De 03 a 11 de agosto de 2024, Olímpia é o solo sagrado do folclore brasileiro.
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