Desta forma, dos 60 grupos confirmados na programação, 10 deles são considerados os mais tradicionais da festa, não só por sua história, mas também por sua forte relação com o festival, tendo frequentado inúmeras edições do FEFOL ao longo do tempo.
Conheça quais são os grupos folclóricos mais antigos, que mais estiveram presentes em edições do festival nesses 60 anos:
Fandango de Tamanco de Cuitelo – Ribeirão Grande/SP
Formado em 1964, por Pedro Vilarino, o grupo participou de todas as edições do festival, trazendo essa tradição que é passada de geração para geração. Para se dançar o fandango, utiliza-se a viola de dez cordas, a gaita oito baixos e o tradicional tamanco, que é feito de madeira, encantando com a dança sapateada e palmeada ao som de violas e gaitas, com traços da cultura caipira.
Terno de Sainha Irmãos Paiva – Santo Antônio da Alegria/SP
Fundada em meados de 1930, a Congada Terno de Sainha Irmãos Paiva, é coordenada atualmente por Luiz Geraldo Custódio, mais conhecido por Luiz Paiva, com ajuda de filhas, esposa, netos, sobrinhos e amigos, estando na quinta geração da família Custódio e Paiva, preservando essa importante manifestação cultural de influência africana. O grupo inclusive colaborou com a fundação do festival e com o Professor José Sant’anna.
Bumba Meu Boi e Reisado Sergipano – Guarujá/SP
O grupo de Reisado autêntico do Estado de Sergipe, foi trazido na década de 60 pelo saudoso Mestre Zacarias, para o Guarujá, apresentando a tradição da cultura popular brasileira de forma despojada. Dançando reisado e suas tradições, como o Reisado principal e Reisado mirim. O grupo é composto por 45 integrantes, sendo músicos, dançarinos e produção.
Samba Lenço – Mauá/SP
Reconhecido como patrimônio imaterial do Estado de São Paulo, que expressa a manifestação de origem afro-brasileira, presente na época da escravidão, nas zonas rurais paulistas.
Cordão Folclórico dos Bichos Tatuienses – Tatuí/SP
Fundado em 1928, como uma diversão, o grupo hoje conta com quase 100 anos de história e é considerado bem cultural da cidade de Tatuí por sua importância histórica para a tradição local.
Grupo Folclórico Parafusos – Lagarto/SE
Reconhecido como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial de Sergipe, o grupo tem mais de 125 anos de história e é o único do gênero existente no Brasil. Fundado por Padre José Saraiva Salomão, os Parafusos representam a tradição da época dos engenhos, em que os escravos furtavam as anáguas das sinhazinhas bordadas com rendas francesas e, utilizando-as cobrindo até o pescoço, fugiam à noite em busca de produtos e alimentos. Assim vestidos saíam pelas estradas, dando pulos e fazendo assombração. Com a abolição, a mística acabou, mas ficou a brincadeira, história real dos escravos, retratada pelo grupo folclórico que hoje sai para divertir o público.
Lavadeiras – Lagarto/SE
O grupo conta a tradição das lavadeiras de roupas nas beiras dos rios e riachos próximos, com bacias, trouxas e gamela na cabeça. Enquanto lavavam as roupas, a cantoria seguia e as crianças brincavam e se banhavam nas águas. As roupas eram estendidas nos capins para alvejar. Depois de enxaguar, eram colocadas em cercas de arame para secar. Enquanto isso, a música continuava transmitindo alegria, apesar da vida difícil que elas levavam.
Batalhão de Bacamarteiros – Carmópolis/SE
A origem da tradição do grupo é datada de 1780, quando os negros dos engenhos de cana-de-açúcar, do Vale do Cotinguiba, brincavam de roda e atiravam com uma arma artesanal conhecida como Bacamarte. Assim, desde então, o grupo, formado por homens, mulheres e crianças, exibe a riqueza da cultura africana disseminada por aquela região, que é uma marca inconfundível da cultura de Carmópolis. Se apresenta nas festas juninas, embelezando o município com a alegria das roupas, com o barulho dos tiros do ritual do Pisa Pólvora e a graciosidade da dança e dos repentes. Para fabricar a pólvora, é utilizado o carvão produzido a partir da umbaúba, cachaça e enxofre. Os instrumentos musicais são fabricados com a madeira do jenipapo, couro de animais e sementes, com o ritmo que contagia todos que assistem.
Grupo de Cultura Nativa Tropeiros da Borborema – Campina Grande/PB
Fundado há 42 anos, sua criação inspirou-se na formação histórica de Campina Grande, quando a cidade marcava os primeiros passos de desenvolvimento. Com o objetivo de pesquisar e divulgar a cultura popular nordestina, através da dança folclórica, o grupo premiado já teve passagens por diversos festivais do Brasil e também pela Europa e Ásia. Considerado pioneiro na modalidade dança folclórica na cidade, o grupo tem se destacado com o seu trabalho sério na preservação da cultura popular nordestina, mantendo vivas as raízes culturais e resgatando as tradições de seu povo. Entidade reconhecida de utilidade pública, constitui-se patrimônio cultural da Paraíba, reinventando-se ao longo do tempo, com a criação de novos quadros, integrando outras linguagens artísticas aos seus espetáculos e, assim, se renova para continuar contribuindo com a preservação do folclore brasileiro.
Papanguarte Balé Popular – Bezerros/PE
Fundado em janeiro de 1997, pelo artista e educador Carlos Marques, o grupo é formado por estudantes e professores das redes municipal, estadual e particular do município, com o propósito de resgatar e valorizar as danças e folguedos populares da terra do papangu (Bezerros), bem como do estado pernambucano. O nome “papanguarte” vem da união das duas palavras: papangu (mascarados que saem pela cidade no período carnavalesco) e arte. Na época de Carnaval, os mascarados saboreiam a deliciosa comida típica do nordeste: o angu, surgindo assim, a figura folclórica papangu. Dessa forma, papa + angu + arte = Papanguarte. Uma das características da agremiação é que seus bailarinos dançam mascarados como forma de resgatar, preservar e valorizar a cultura do papangu – símbolo máximo do carnaval de Bezerros.
Ao todo, o 60º FEFOL terá a participação de 60 grupos, que representarão 17 estados brasileiros, de todas as cinco regiões do país, fortalecendo a diversidade cultural, a preservação da cultura popular e o compromisso de Olímpia, enquanto Capital Nacional do Folclore.
O Festival do Folclore de Olímpia é uma realização da Prefeitura, por meio da secretaria de Turismo e Cultura, com apoio de projetos de incentivo cultural e parceiros. Com 9 dias de programação variada, a festa é aberta a toda população e visitantes com entrada gratuita. De 03 a 11 de agosto de 2024, Olímpia é o solo sagrado do folclore brasileiro.
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